Apesar de algumas centrais sindicais terem desmarcado a greve geral para esta terça-feira (05) em protesto contra a proposta de reforma da Previdência de Michel Temer, ainda sim, milhares de trabalhadoras e trabalhadores mantiveram o ato em várias cidades do Brasil.

Em São Paulo, por exemplo, milhares de trabalhadores se concentraram na Avenida Paulista em defesa da aposentadoria e dos direitos. “Eles dizem que essa reforma é contra os privilégios, mas não é verdade. Essa proposta retira direitos de todos os trabalhadores. Esperamos que semana que vem possamos parar o Brasil e barrar de vez essa reforma”, disse o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) Guilherme Boulos de cima do carro de som.

Na próxima semana estão previstos novos protestos, desta vez com greve geral. Isso se Michel Temer e sua base aliada na Câmara mantiverem a votação da matéria no próximo dia 12. Para isso, o governo pretende liberar R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para conseguir os 308 votos necessários.

“Essa mobilização de hoje foi muito importante, porque precisamos intensificar a luta contra essa reforma, que é extremamente prejudicial para nós trabalhadores. Isso porque teremos que trabalhar por mais tempo e ainda ganhar menos. Isso é inadmissível. Na verdade, essa proposta de enxuta não tem nada”, aponta o dirigente sindical do STIU-DF, David Gomes.

Nordeste

Os trabalhadores também foram às ruas em várias cidades do Nordeste para protestar contra a possibilidade de aprovação da proposta. No Maranhão, professores, técnicos do Instituto Federal e servidores do Judiciário paralisaram as atividades. Em São Luiz, as manifestações também contaram com estudantes, sem teto, trabalhadores rurais e sindicatos. Houve ainda protestos no interior do estado, em Mossoró.

Em Sergipe, professores da rede estadual e bancários de todo o estado anunciaram suspensão das atividades por 24 horas. Na capital, Aracaju, houve greve de motoristas de ônibus municipais, com protestos nas garagens das companhias. Em Fortaleza, trabalhadores e integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também saíram às ruas contra a reforma da Previdência. No Rio Grande do Norte houve mobilização em Natal. Na Paraíba, os protestos se concentraram em frente à sede do INSS, em João Pessoa.

Centro-Oeste

Em Goiás, os manifestantes fizeram protestos em frente à assembleia legislativa do estado. Em Brasília, desde o dia 28 de novembro estão ocorrendo atos na Esplanada dos Ministérios contra a reforma da Previdência.

Sudeste

Em Belo Horizonte, os manifestantes se concentraram na Praça Sete e na Praça Afonso Arinos, no centro da capital mineira.

No Rio de Janeiro, bancários, metalúrgicos e servidores públicos fizeram protestos no centro da cidade, onde estenderam uma faixa com a mensagem “se a reforma da Previdência é boa, por que os políticos, os militares e o judiciário estão fora dela?”. No estado também houve manifestação em Macaé, Angra dos Reis e outros municípios.

Sul

Em Santa Catarina houve mobilização no aeroporto e panfletagem para dialogar com a população sobre os prejuízos que a reforma trará se vier a ser aprovada. Também houve protestos em Criciúma.

No Rio Grande do Sul, os gaúchos protestaram em frente à sede do INSS, em Porto Alegre. Lideranças discursaram chamando atenção da população para que não aceite as mentiras do governo pagas com dinheiro público. Também houve protesto no aeroporto para constranger os deputados que estavam viajando para Brasília.

Em Curitiba, bancários se mobilizaram no aeroporto Afonso Pena para abordar parlamentares com destino a Brasília.

Norte

No Pará, os atos se concentraram na capital com ato unificado das centrais sindicais e movimentos populares.