José da Costa Carvalho Neto diz que continuará processos de expansão e de internacionalização, sem descuidar da operação e manutenção

 

Tomou posse nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, o novo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. O executivo destacou que sua gestão buscará dar sequência aos planos estratégicos da estatal e aumentar o valor de mercado da empresa. Entre as prioridades, segundo ele, estão continuar os processos de internacionalização da companhia e de expansão de garantia de oferta. Carvalho Neto contou ainda que a Eletrobras concentrará cuidado especial com operação e manutenção, no sentido de melhorar a confiabilidade do sistema. Além disso, a Eletrobras deverá distribuir e cobrar metas para toda sua cadeia organizacional.

“A Eletrobras pretende ter valor de mercado cada vez maior. [Atualmente] É um valor baixo comparado a empresas top mundiais. Vamos fazer todas as ações nesse sentido”, afirmou o executivo após a cerimônia de sua posse, no Rio de Janeiro.

O presidente da estatal enfatizou que, em termos nacionais, a Eletrobras possui quase 40% da geração, mais de 50% da transmissão, quase 50% da comercialização e 10% da distribuição. Carvalho Neto destacou o objetivo de participar ativamente do cumprimento das metas de oferta do Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, que prevê aumento da capacidade instalada de geração de 63 mil MW e da extensão de linhas de transmissão de cerca de 37 mil quilômetros nos próximos 10 anos. A expectativa, segundo Carvalho Neto, é que a Eletrobras tenha participação importante nos projetos a serem leiloados nos próximos anos, com capacidade instalada superior a 800 MW.

O novo presidente da Eletrobras contou que deixou todos os conselhos de administração que estava ligado, incluindo Arcadis Logos e da Orteng. “Por lei, não era obrigado. Foi para não haver qualquer problema de interesse”, justificou-se. Isso porque ele fazia parte de conselhos de construtoras.

Internacionalização – José da Costa Carvalho Neto disse que há uma série de oportunidades de negócios nos países da América Latina, incluindo 564 GW de hidrelétrico inventariado, dos quais somente 147 GW estão aproveitados, restando portanto 477GW a densenvolver. “Precisamos criar as oportunidades de investimentos em energia e gerar desenvolvimento sustentável em toda a região”, analisou.

(Danilo Oliveira, da Agência Canalnergia)