Os sindicatos se reuniram com os representantes da empresa, nos dias 29 e 30 de agosto, para a primeira rodada de negociações da Pauta de Reivindicações dos Trabalhadores para o ACT 2018-2020. Durante a reunião, os representantes sindicais se depararam com negativas em todos os níveis e com congelamento de benefícios de cláusulas pacificadas, além de propostas, por parte da empresa, que em nada contribuem para a valorização profissional e melhoria da situação financeira de seus trabalhadores.

A Política de Recursos Humanos, que vinha sendo praticada anteriormente, está sendo deixada de lado para atender interesses econômicos definidos por Agentes integrantes de seu Conselho, em detrimento das necessidades da empresa e da categoria. É só ver como a verba para a Meritocracia está sendo desrespeitada, contrariando o acordado entre Empresa, Sindicatos e Aneel na Audiência de Mediação nº 199 de 2013 no MPT/DF, quando foi imposta goela abaixo dos trabalhadores a redução da Gratificação de Férias e a retirada da cláusula de Perda de Massa Salarial.

Destacam-se alguns pontos que chamaram a atenção da Intersindical durante a referida reunião, conforme segue:

1. O primeiro ponto a chamar a atenção foi o congelamento do Auxílio Alimentação, que apesar das pesquisas indicarem a necessidade de um reajuste de, pelo menos, o IPCA do período de dezembro/17 a agosto/18, a empresa ignorou, por submissão às pressões de tais Agentes.

A respeito do auxílio alimentação, a empresa comunicou uma nova sistemática de pagamento do ticket Natalino, o “vale peru”. A proposta da empresa é que, a partir deste ano, já será concedido um cartão avulso (gift card), onde será possível comprar outros itens além de alimentação. Como esse benefício não mais poderá ser enquadrado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), deverá ser considerado como salário in natura, ou seja, toda recarga extra ao praticado mensalmente é considerada como integrante da remuneração, cabendo todos os encargos (INSS, IR e FGTS);

2. O segundo ponto é a repetição do que ocorreu no ano passado, que é o congelamento do Auxílio Educacional. A empresa pretende não corrigir por mais um ano o benefício atendendo aos Agentes; e

3. O terceiro ponto é a elevação das contribuições com Plano de Saúde dos trabalhadores de 22% para 30% ao longo dos próximos 3 (três) anos, atendendo as pressões da Aneel e Agentes. O que penalizará ainda mais os trabalhadores do ONS que não têm recebido nos últimos anos nenhum reajuste acima da inflação. Neste ponto, destacamos ainda que os custos com o referido plano foram majorados em 36,64% acima da inflação nos últimos 2 (dois) anos, para uma inflação e correção de salário, para o período, de 6,95%.

Apesar de a reunião de negociação ter ocorrido nos dias 29 e 30 de agosto, a contraproposta oficial do ONS só foi encaminhada à Intersindical somente no dia 14 de setembro, às 18h30, após o expediente, uma vez que a mesma teve que ser submetida aos tais Agentes (Conselho de Administração). Algumas dúvidas em relação a essa proposta só foram sanadas no dia 19 de setembro.

Os Sindicatos que compõem a Intersindical convocarão, em breve, os trabalhadores do ONS para deliberar, em Assembleia, sobre essa péssima contraproposta apresentada pela empresa.

Participe! Sua presença é fundamental para fortalecermos a nossa luta e darmos um basta contra possíveis retrocessos.

Intersindical ONS 210918