Nós, trabalhadores e trabalhadoras da CEB, reunidos em assembleia, manifestamos nossa indignação e perplexidade com o processo de privatização em curso. Depois do amplo, intenso e coletivo programa de recuperação da empresa, que praticamente ressurgiu das cinzas em 2015, quando quase perdeu o contrato de concessão, era de se esperar agora uma agenda de fortalecimento e não de venda de patrimônio público.

A partir da renovação do contrato de concessão, a CEB Distribuição passou a trilhar um caminho que a tornou exemplo, inclusive para concessionárias privadas, de esforço corporativo na busca de resultados, melhorias de indicadores de continuidade e satisfação da população. Com isso, a CEB Distribuição foi premiada pela própria Aneel e pela CIER, entidade latino-americana, que a escolheu como a empresa que mais evoluiu nos indicadores de satisfação dos clientes em 2018.

Depois desses avanços e de todo o esforço coletivo dispendido na recuperação, é no mínimo estranho a abertura de um processo de privatização da empresa, até porque o plano de saneamento da CEB Distribuição, materializado no Plano de Negócios vigente, foi aprovado pelo Conselho de Administração em dezembro de 2018 e ratificado na reunião do órgão em abril deste ano. Basta implementá-lo para valer.

Não há dúvidas de que a CEB D tem todas as condições para continuar 100% pública e manter um serviço de distribuição de energia elétrica de qualidade e pautado na modicidade tarifária. Não podemos aceitar para a população do Distrito Federal o que hoje sofrem os clientes da Enel, empresa que comprou a Celg e hoje é considerada a pior distribuidora do país.

Neste sentido, reafirmamos a viabilidade da CEB pública e a nossa luta, por todas as formas e meios, para que a empresa continue nas mãos do povo do DF.

 

Em defesa da CEB pública!
Em defesa de serviços públicos de qualidade e acessíveis à população do DF!
Em defesa dos nossos empregos!

Brasília, 27 de maio de 2019.