Porém, segundo especialistas, tecnologia ainda precisa melhorar em eficiência e diminuir custos 

A energia solar poderá suplantar as fontes de combustíveis fósseis nos próximos dez anos em relação à economia de eletricidade. Segundo a IEEE, associação internacional voltada para avanços tecnológicos, dos 100 petawatts que chegam à Terra vindos do Sol, uma pequena fração, de apenas 15 petawatts é suficiente para atender à demanda global. Para o diretor executivo do IEEE, James Prendergast, a tecnologia PV irá mudar o panorama energético.

“À medida que o custo da eletricidade gerada por luz solar continuar diminuindo em comparação às fontes tradicionais de energia, teremos uma enorme adoção no mercado e acredito que esse crescimento será limitado apenas pela oferta. Fundamentalmente, a tecnologia solar PV se tornará um dos elementos essenciais da solução para nossos desafios energéticos em curto e longo prazo”, declarou.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, desde 2000 a capacidade solar de geração de energia vem crescendo a uma taxa anual de 45% e até 2050 a previsão é que a fonte solar represente 11% da produção mundial de eletricidade, o que corresponderia a 3.000 GW de capacidade instalada acumulada. Isso faria com que a emissão de gases de efeito estufa diminuísse aproximadamente 2,3 gigatons, o que equivaleria a reduzir as emissões por uso de eletricidade em 253 milhões de residências por ano, quase as populações da Rússia e do Japão somadas.

Por outro lado, o diretor do Laboratório de Aplicação de Energia Solar, do Instituto de Conversão Energética de Guangzhou (China), Jie Shu, alerta que é necessário que o custo e a eficiência da energia solar continue melhorando para realmente poder competir com as fontes de geração tradicionais. O diretor do Instituto de Pesquisa de Materiais da Ohio State University, Steven Ringel, informou que um desafio a ser superado nos próximos anos é fazer com que as tecnologias solares PV atinjam a máxima eficiência, o que ajudaria reduzir os custos para o sistema.

“Atualmente, temos tecnologias promissoras com altíssima eficiência, mas com custo maior, além de tecnologias de eficiência baixa com custo menor. As tecnologias que vão prevalecer combinarão o melhor de ambas, oferecendo a maior eficiência com o menor custo”, disse ele.

(Agência CanalEnergia)