Nessa onda, a Bradesco Previdência bateu recordes de captação. Na comparação de maio contra maio, a receita total da seguradora cresceu 74,2% em 2010 e atingiu R$ 1,78 bilhão. Dados de junho indicam que o incremento no mês foi acima de 70%. “A tendência é de resultados positivos nos próximos cinco anos, não apenas pelo aumento da renda e do emprego, mas por influência de eventos como Copa do Mundo, Olimpíadas e pré-sal”, diz Oliveira.
Preferidos
A preferência do público de classe C foi responsável pela expansão de 56,1% do plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), modalidade que permite ao contribuinte declarar o valor no Imposto de Renda anual pelo formulário simplificado. De janeiro a maio, a carteira do VGBL teve alta de 30,59%, passando de R$ 104,8 bilhões para R$ 136,8 bilhões. Os planos de previdência complementar tornaram-se os preferidos das classes menos abastadas, porque têm IR regressivo (podem ter redução de alíquota com o tempo) e não descontam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que, em alguns casos, pode chegar a 6,38% sobre o lucro das seguradoras.
“Por isso, o número de contratos ampliou para 10,7 milhões, com alta de 4,93%, em maio. Um total de 100,9 mil pessoas usufruem de benefícios. A carteira de investimentos totaliza R$ 241,3 bilhões, com aumento de 23,20% em relação a maio de 2010”, informa Marco Antonio Rossi, presidente da Fenaprevi.
Criado há cerca de 10 anos, “o VGBL tem atraído os brasileiros de renda mais baixa, com perspectiva de longo prazo e que precisam de tempo e disciplina”, assinala Osvaldo do Nascimento, responsável pela área de Operações de Produtos de Investimento Pessoa Física e Previdência do Itaú Unibanco.
(Vera Batista e Jorge Freitas, Correio Braziliense, 10.07.11)