Na tarde da quarta (31), representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e da direção da Eletrobras se reuniram em Brasília para tratar da campanha salarial 2022/2023. Na ocasião, os dirigentes sindicais entregaram a pauta de reivindicações dos eletricitários e eletricitárias aos representantes da empresa.

Na abertura da reunião, os dirigentes do CNE deram as boas vindas e agradecimentos pela participação de todos, iniciaram propondo que dentre as premissas das negociações prevaleça a boa fé, o entendimento e o clima respeitoso entre as partes.

Os representantes do CNE solicitaram aos representantes da Eletrobras que naquele momento de entrega da pauta nacional de reivindicações do ACT Nacional, fosse renovando o Termo de Compromisso Nacional com a abrangência e vigência para o mesmo período, além de no ato requererem a renovação dos demais instrumentos de compromissos coletivos pactuados para o período de 2022/2024, questionado sobre os ACT´s Específicos.

Diante da solicitação, os representantes da empresa ressaltaram que estão dispostos a assegurar uma negociação tranquila, a evitar que o processo chegue até a justiça, priorizando a mesa de negociação.

O CNE solicitou que a Eletrobras autorize o pagamento do adiantamento do 13º salário, conforme cartas enviadas pelas entidades sindicais, bem como, que a Eletrobras autorizasse o pagamento da diferença da PLR 2018.

Segundo a Eletrobras, a autorização para o pagamento do adiantamento do 13º deixou de ser tratado em decorrência do clima belicoso entre empregados e empresas motivado pelas greves, mas, que tal item poderia voltar à pauta, desde que provocado pelas entidades sindicais. E sobre o pagamento da PLR 2018, a Eletrobras informou que todas as autorizações feitas no âmbito da Eletrobras já foram efetuadas, não restando mais o que se discutir no mérito da questão, e que resta agora as empresas da holding deliberarem em suas instâncias de decisão.

O CNE solicitou que a Eletrobras abra diálogo para negociarmos os dias descontados dos trabalhadores/as que foram descontados devido à greve. A empresa sinalizou com a possibilidade de discutir o assunto.

A primeira rodada de negociação está agendada para o dia 12 de abril, em Brasília. Momento que será de fato avaliada a disposição da Eletrobras em negociar o novo ACT. Para o CNE é fundamental que a gestão que fala, teoricamente, que reconhece a importância dos trabalhadores coloque em prática esse discurso.

Juntos somos mais fortes!

PRIVATIZAÇÃO: A LUTA NÃO ACABOU

O CNE está em Brasília dando continuidade à luta contra a entrega da maior empresa de energia elétrica da América Latina ao capital especulativo, o que, a grosso modo, representaria a transformação de uma empresa de caráter estratégico numa empresa com objetivos meramente comerciais em detrimento do projeto de desenvolvimento do País.

O objetivo do CNE é dar andamento às articulações no Congresso, juntos aos órgãos competentes apresentando dados técnicos que mostram as incoerências no processo de privatização e suas consequências.

Mais do que nunca é preciso manter acesa a chama da esperança, porque ainda temos muita luta pela frente e temos lutado dia a dia contra a privatização e não vamos desistir, porque estão em jogo nossos empregos, nosso futuro e a esperança de dias melhores.

O CNE está, na capital federal, lutando contra o desmonte de uma das empresas mais importantes para a segurança energética e a soberania nacional do Brasil. Ainda há muita água pra rolar. A luta não acabou!

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