Desafio da promoção da igualdade racial será um dos temas debatidos durante oficina da Secretaria de Combate ao Racismo

Nos dias 28 e 29 de julho a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT promove uma Oficina que reunirá em São Paulo os secretários e secretárias estaduais e os representantes dos Ramos.

A realização desta atividade acontece no momento em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa inédita que comprova uma realidade já conhecida: persiste a discriminação racial no local de trabalho e em outros setores da sociedade.

Isso porque segundo o estudo, 71% das pessoas citaram que é no trabalho o local onde a raça ou cor têm a maior influência na relação social entre as pessoas. Depois, aparecem as relações com a polícia/Justiça (68,3%) e o convívio social (65%).

A Pesquisa das Características Etnorraciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça foi feita em 15 mil domicílios de cinco estados (Amazonas, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Sul e São Paulo) e no Distrito Federal, em 2008.

“A divulgação desta pesquisa acontece em um momento oportuno porque estaremos realizando uma oficina nacional onde o ponto principal que vamos discutir é os efeitos que a discriminação ainda possui no mundo do trabalho e em outros setores da sociedade e que forma que a CUT pode se mobilizar para ter ações efetivas além das que vem sendo implementadas para combater a discriminação racial”, destaca Maria Julia Nogueira, secretária de Combate ao Racismo da CUT.

Para a dirigente CUTista, a pesquisa comprova que é preciso tomar medidas no sentido de superar o preconceito que se evidencia principalmente no trabalho. A organização e mobilização, elenca Maria Julia, são fatores fundamentais para que de fato se ratifique uma sociedade mais igualitária.

“Estamos avançando em questões que envolvem o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial, mas temos que ter em mente que há muita coisa para avançar e não vamos corrigir um problema de 200 anos em apenas 10”, classifica Julia.

A busca pela igualdade e o enfrentamento das desigualdades sociais fazem parte da história da CUT. Maria Julia cita, por exemplo, como uma alternativa, a conscientização do conjunto do movimento sindical CUTista para que se tenha a preocupação de durante as negociações da Campanha Salarial instituir clausulas de promoção da igualdade racial.

Durante a oficina, os dirigentes vão discutir os desafios atuais da agenda de combate á discriminação racial, tanto no âmbito das políticas públicas como no âmbito das relações de trabalho, estabelecendo ações para o próximo período. Além disso, haverá um debate sobre as ações para as Plenárias Estaduais e Nacional da CUT.

Serviço:

Oficina da Secretaria de Combate ao Racismo

Data:28 e 29 de julho

Local:Hotel Braston – Rua Martins Fontes, 330

(William Pedreira, CUT)