A Polícia Federal está empenhada em dar agilidade ao andamento dos 231 inquéritos que investigam crimes eleitorais existentes no Distrito Federal. A orientação da direção nacional do órgão aos superintendentes estaduais é a de buscar um diálogo mais próximo com o Judiciário e Ministério Público locais.

No entendimento da PF, há que se fazer o máximo para que os inquéritos sejam relatados e transformados em ações antes do resultado das urnas em outubro. A pressa se justifica para evitar que os investigados que concorrem a cargos eletivos se beneficiem das prerrogativas do mandato, caso seja eleito, para ficar impune de seus crimes eleitorais.

Segundo informou a PF, os delitos que mais têm merecido a investigação são o de compra de votos e a inscrição fraudulenta de eleitores. Também há inquéritos sobre boca de urna, caixa dois e transporte irregular de eleitores. Em todo o Brasil, o número total de crimes apurados pelo órgão chega a 20,1 mil, abertos entre 2006 e 2009.

Trabalho em silêncio

De acordo com a assessoria de imprensa da PF, a direção nacional e os superintendentes estão evitando fazer comentários sobre essa determinação do órgão. A recomendação para a superintendente da Polícia Federal no DF, Mara Toledo Piza Baicchi De Sant’ana, é estreitar laços institucionais com o presidente do TRE-DF, desembargador João de Assis Mariosi, e com o procurador regional eleitoral, Renato Brill de Góes, a fim de se obter melhores resultados nas investigações.

(Fonte: Jornal de Brasília)