Empresa estuda um total de 30 mil MW em projetos de outros países, principalmente, na América Latina

A Eletrobras acredita que as obras de 6 mil MW fora do Brasil podem ser iniciadas em 2011. Os projetos se concentram em Argentina, Peru e Nicarágua. De acordo com Sinval Gama, superintendente de Operações Internacionais da estatal, a empresa analisa cerca de 30 mil MW nesses e outros países da América Latina. O executivo explicou, no entanto, que boa parte desse total em estudo deve ser descartado.

“A Eletrobras só fará empreendimentos fora do Brasil se houver retorno superior aos nacionais”, disse Gama, após participar do Seminário Internacional de Integração Energética Bolívia-Brasil, que acontece no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 26 de julho, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ.

A carteira de projetos inclui 7 mil MW no Peru, 3 mil MW na Colômbia, 6 mil MW na Guiana, 3 mil MW na Argentina, 1 mil MW no Uruguai e 300 MW nos Estados Unidos. Um dos projetos mais adiantados é o da hidrelétrica de Tumarín, na Nicaraguá, com 220 MW, segundo o executivo. No momento, a hidrelétrica está em fase de pré-contrato de venda de energia, financiamento e custo da obra.

Em fase de estudo estão outros projetos, como de uma hidrelétrica binacional com a Argentina e de cinco hidrelétricas no Peru. Na Argentina, o projeto ainda está na etapa de pré-viabilidade para a descoberta de local para a instalação da usina de Garabi, com 2 mil MW. No Peru, a expectativa da Eletrobras é concluir os estudos de viabilidade da usina de Inambari, com 2 mil MW, no primeiro semestre de 2011. As usinas em território peruano devem totalizar cerca de 7 mil MW.

Na Colômbia, a Eletrobras se pré-qualificou para o leilão da hidrelétrica de Ituango, com 2.464 MW. Gama explicou que a estatal disputará o projeto contra outras seis empresas de China, Coreia do Sul, Colômbia e Brasil. Entre as brasileiras estão Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez.

(Fonte: Danilo Oliveira, da Agência CanalEnergia)