Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, as centrais sindicais do Brasil se preparam para uma grande celebração sob o tema “Por um Brasil Mais Justo”. Entre as principais bandeiras levantadas estão a luta por empregos decentes, a correção das defasagens na tabela do imposto de renda, a redução dos juros, a valorização do serviço público, igualdade salarial e a garantia de uma aposentadoria digna.

Apesar de o governo federal ter sido eleito com amplo apoio da classe trabalhadora, prometendo avanços em direitos e justiça social, ainda enfrenta oposição significativa. O congresso e outros poderes permanecem influenciados por uma política neoliberal, que busca a todo custo limitar ou reverter as conquistas trabalhistas. Este cenário realça a importância da vigilância e da pressão contínua por parte das organizações sindicais e da sociedade civil para proteger os direitos já adquiridos e avançar em novas conquistas.

A data reacende a importância histórica da luta pelos direitos trabalhistas, uma jornada marcada por intensa organização e mobilização de diversas categorias, enfatizando as conquistas já alcançadas e os desafios que ainda persistem na busca por mais democracia e direitos.

Particularmente, os trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico têm enfrentado desafios significativos após a privatização de empresas públicas, como a CEB em Brasília e a Eletrobras em nível federal. Essas mudanças trouxeram à tona problemas derivados da priorização do lucro para grupos empresariais em detrimento dos direitos sociais e trabalhistas da categoria.

Cabe destacar o ataque das empresas à aposentadoria e aos planos de saúde dos trabalhadores. Com a privatização dessas empresas do setor elétrico, muitos aposentados enfrentam incertezas quanto à manutenção de seus benefícios de saúde, o que é preocupante, visto que essa é uma fase da vida na qual o cuidado médico se torna ainda mais essencial.

Os planos de autogestão, tradicionalmente uma forma de garantir cuidados de saúde mais alinhados às necessidades dos trabalhadores das empresas, estão sob ameaça devido à pressão por cortes de custos por parte de entidades privadas. Isso coloca os aposentados em uma situação vulnerável, pois estão encontrando dificuldades para acessar serviços de saúde adequados e acessíveis fora desse sistema.

Além disso, após a entrega do patrimônio público à iniciativa privada, há uma pressão intensificada por resultados, o que compromete a qualidade dos serviços prestados e as condições de trabalho da categoria. A noção de trabalho decente deve se estender para além de condições laborais justas, inclui também a valorização do quadro de pessoal, garantindo que a transição para a gestão privada não prejudique aqueles que dedicaram anos de serviço a essas empresas.

O Dia do Trabalhador expressa toda a simbologia da luta dos eletricitários e eletricitárias, que nunca se acovardaram diante das batalhas impostas. Neste contexto, o STIU-DF enfatiza a urgência de mais unidade entre os trabalhadores para assegurar que as empresas respeitem e valorizem a categoria como uma demanda inegociável.

Neste 1º de Maio, o STIU-DF reafirma a continuidade na luta por um Brasil mais justo e igualitário.

Em Brasília, o ponto alto das comemorações acontece no Eixão do Lazer, localizado na altura da 106 Sul. O evento, previsto para começar às 9 horas da manhã, será um ato cultural e político.

Viva a classe trabalhadora!