Desde quando foi anunciado o início dos trabalhos da Equipe de Transição do governo Lula que tratou do Setor Elétrico, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) tem se preocupado em apontar os riscos que o Sistema Elétrico Nacional estaria exposto, caso o processo de desmantelamento iniciado por Temer e continuado por Bolsonaro tivesse consecução. Vejam abaixo o texto contido no Boletim CNE do dia 26/12/2022 intitulado BALANÇO DA TRANSIÇÃO:

(…) Coube ao GT apontar os prejuízos ao país da criminosa privatização da Eletrobras e recomendar as medidas necessárias para evitar que os brasileiros arquem com os elevados custos dessa privatização. A bagatela de 500 bilhões de reais é a conta que os brasileiros e brasileiras terão de pagar se nada for feito pelo Governo Lula, riscos ao sistema brasileiro devido a demissões em massa sem preocupação com a reposição da memória técnica e a virtual inviabilização do programa nuclear brasileiro foram abordados no documento final do GT. Evidentemente a retomada do controle da Eletrobras pela União está dentre as recomendações.

É lamentável que ainda no governo LULA, a Diretoria e Conselho da Eletrobras ainda se sintam à vontade para continuar destruindo o que restou do patrimônio público.

Mesmo que o governo federal possua mais de 40% das ações com direito a voto no Conselho de Administração da empresa, infelizmente pouco está podendo fazer, devido as alterações no Estatuto da Eletrobras feitas com a anuência dos antigos representantes da União nos Conselhos de Administração e Fiscal da Eletrobras.

Aproveitando-se desse terreno propício, os gestores tomam decisões, praticam atos diversos, que causam um sentimento de pânico e terror, com reflexo no clima organizacional da empresa.

Com isso, voltaram a acontecer acidentes fatais e incidentes com a destruição de equipamentos. Não podemos esquecer que ocorreram mortes de trabalhadores terceirizados na Chesf, suicídio de trabalhador na CGT Eletrosul e, agora, a explosão e incêndio de um transformador na usina hidrelétrica de Tucuruí.

Veja abaixo a íntegra do boletim do CNE: