Brasília – A Eletrobras está realizando estudos sobre a viabilidade de participação em projetos de integração dos sistemas de transmissão de energia elétrica nos Estados Unidos, e poderá investir até US$ 500 milhões na realização de trabalho conjunto com outras empresas. A informação foi transmitida hoje (29) pelo presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopez, durante entrevista, após participar de reunião do conselho diretor da empresa, em Brasília.

Muniz Lopes disse que o governo americano está planejamento há muito tempo a integração dos sistemas de transmissão, que não são interligados como no Brasil, “pois os estados lá têm leis diferenciadas”. Ele vê perspectiva, a médio prazo, de uma grande demanda por linhas naquele país, área em que a Eletrobras tem muita experiência. O objetivo da Eletrobras, cujas ações são negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, segundo Muniz Lopez, é avaliar com bastante critério as alternativas e possibilidades de rentabilidade para então tomar uma decisão.

O presidente da Eletrobras disse que acha “mais prudente a participação junto com empresas já existentes para podermos aprender e assim comprar participações”. Dentro do processo de internacionalização que a Eletrobras está empreendendo já foram montados escritórios em Montevidéu (Uruguai), que cuida dos interesses no Cone Sul, outro em Lima (Peru), para os negócios naquela área e poderá ser instalado um terceiro na América Central, para cobrir os negócios na região, o qual poderá ser instalado no Panamá, mas sem previsão de quando será viabilizado.

A Eletrobras divulgou ontem comunicado ao mercado informando que o Plano Estratégico do Sistema Eletrobras, que vai até 2020, prevê a atuação no mercado internacional de energia elétrica, diretamente ou em consórcio, com empresas nacionais ou estrangeiras, para implantação e exploração de empreendimentos, prioritariamente em geração hidráulica e transmissão de energia. A nota informa que a empresa deverá focar oportunidades de negócios principalmente no Continente Americano, notadamente na Argentina, Colômbia, nos Estados Unidos e no Peru. O volume de investimentos, segundo o comunicado, vai depender da conclusão de estudos.

(Fonte: Lourenço Canuto, Agência Brasil)

Edição: Antonio Arrais