Os resultados da pesquisa foram divulgados em meio à Semana Mundial da Amamentação, que segue até o próximo sábado (7). De acordo com o levantamento, o índice de bebês que mamaram na primeira hora de vida foi de 71,9% nos hospitais Amigos da Criança, enquanto nas demais maternidades a taxa foi de 65,6%.
A diferença de seis pontos percentuais, segundo a pasta, parece pouco, mas representa cerca de 190 mil crianças beneficiadas a cada ano com a prática da amamentação a longo prazo. Além de promover a interação entre mãe e filho, a amamentação diminui a mortalidade no período neonatal.
Dados mostram ainda que 50% dos bebês com até seis meses nascidos em hospitais Amigos da Criança foram alimentados somente com leite materno. Nas outras maternidades, o índice foi de 46%.
De acordo com o Ministério da Saúde, o leite materno é considerado um alimento completo, que age como uma espécie de vacina natural, ao proteger o bebê de diferentes doenças. A amamentação também melhora a saúde da mãe, ao reduzir o risco de diabetes e de câncer de mama e ovário.
Os especialistas recomendam que a alimentação nos primeiros seis meses de vida seja constituída exclusivamente de leite materno. Depois desse período, devem ser incluídos na dieta alimentos complementares como frutas, legumes, cereais e carnes. Ainda assim, a amamentação deve ser mantida até os 2 anos de idade ou mais.
A pesquisa ouviu pais ou responsáveis de mais de 120 mil crianças menores de 1 ano de 254 municípios brasileiros, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal. As instituições credenciadas com o título Hospital Amigo da Criança precisam cumprir os chamados Dez Passos Para o Sucesso da Amamentação. São eles:
1. Ter uma política de aleitamento materno escrita e que seja rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.
2. Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar a política de aleitamento materno.
3. Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno.
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê.
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo no caso de serem separadas dos filhos.
6. Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno – a não ser que haja indicação médica.
7. Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas.
8. Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.
9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
10. Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos após a alta da maternidade.
(Fonte: Paula Laboissière, Agência Brasil)