Ação conjunta entre Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, secretarias estaduais e ramos foi fundamental para os avanços neste ano

De forma articulada e conjunta, dialogando e construindo políticas e alternativas ao lado das secretarias estaduais e ramos. Foi a partir dessas premissas que a Secretaria de Combate ao Racismo da CUT conquistou no ano de 2011 grandes avanços acerca do combate a discriminação racial no mercado de trabalho e na sociedade.

Como uma das principais ações, celebra Maria Julia Nogueira, dirigente da pasta, destaca-se a deliberação tomada durante a 13ª Plenária da CUT de apontar e orientar os sindicatos cutistas sobre a necessidade de inclusão nas suas negociações clausulas sociais visando o combate a discriminação racial.

“Para isso, foi fundamental o fato de antes da 13ª Plenária termos feito uma oficina onde foram apontadas as questões que nós gostaríamos de abordar durante a realização Plenária”, elenca Julia.

Ano Internacional dos Afrodescendentes

A ONU estabeleceu 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes. Sabendo da importância desta resolução, a CUT teve a oportunidade de colaborar na coordenação do Encontro Ibero-americano dos Povos Afrodescendente que reuniu no dia 16 de novembro a sociedade civil e chefes de estados em Salvador e que ao final elegeu simbolicamente a cidade de Salvador como a capital dos afrodescendentes.

Celebrando o mês da Consciência Negra, a Secretaria realizou no dia 19 de novembro, também em Salvador, mais uma oficina onde se apontou a necessidade de logo no início do próximo ano voltar a reunir o Coletivo para pensar e deliberar sobre como será a intervenção nos Congressos Estaduais e Nacional da CUT no que tange a temática da questão racial.

“Em 2011 aconteceram vários seminários, debates e ações em vários estados. Isso demonstra que de fato  começa a se consolidar o debate sobre a questão racial no interior do movimento sindical cutista. Destaque também para os ramos. Quando a nossa Confederação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro se preocupa em discutir a invisibilidade dos negros e negras nos bancos, o debate que a nossa Confederação dos Trabalhadores em Educação tem feito acerca da aplicação da Lei 10639 (que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas),  só para citar algumas, são fatos que comprovam efetivamente que conseguimos avançar”, salienta a dirigente da CUT.

Para 2012, a Secretaria espera dar continuidade a esse trabalho que vem sendo desenvolvido de forma articulada junto às CUTs estaduais e ramos. “Entendemos que esse é o trabalho que não pode ser de uma Secretaria, de um estado ou de um ramo. O racismo só será combatido com o trabalho coletivo e no movimento sindical é fundamental que não só aqueles e aquelas que estejam nas secretarias específicas estejam fazendo este debate”, finaliza.

(William Pedreira, CUT, 16.12.11)