De acordo com o promotor de Justiça de Defesa da Saúde, Jairo Bisol, o problema foi discutido em reunião do Comitê Executivo de Saúde quando os órgãos participantes definiram como solução o concurso público para mais de 200 profissionais de saúde em diversas áreas. “Um dos gargalos é a anestesiologia e os pós-operatórios que precisam de vagas nas Unidades de Tratamento Intensivo”, detalha Bisol.
Por esse motivo, a maior parte das novas vagas deverão ser destinadas a intensivistas e anestesistas. Segundo Bisol, como a contratação por concurso público demanda um prazo de seis a dez meses, o TAC prevê a contratação de mão de obra temporária por período suficiente para a finalização desse processo e preenchimento das vagas. “O custo social e o impacto negativo na sociedade são muito grandes para aguardar esse período.”
O TAC também deverá apresentar uma proposta de carreira mais atrativa para os profissionais de saúde, para que o serviço público se torne mais competitivo frente à oferta do mercado. O Ministério Público, no entanto, se posiciona contrário à contratação de serviços da rede privada, como para o aumento do número de UTIs. Da mesma forma, o promotor afirma que os mutirões realizados pelo governo não deverão continuar. “Queremos organizar os serviços. Os mutirões são paliativos que sempre funcionam com a contratação de mão de obra privada o que vai minando o sistema público de saúde”, esclarece o promotor.
(Bruna Sênseve, clicabrasilia.com.br, 21.12.11)