Análise do instituto aponta que o valor médio pago por funcionário é de R$ 11.609

O pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR) das empresas do setor elétrico brasileiro atingiu, em 2010, um montante de R$ 1,076 bilhão. Esse é o resultado de uma análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos junto a 32 empresas dos principais grupos econômicos.

De acordo com a nota técnica do Dieese, a Eletrobras e a Cemig registraram os dois maiores montantes de PLR, com R$ 396,1 milhões e R$ 325 milhões, respectivamente. Das companhias pesquisadas, somente a Energisa Sergipe não registrou pagamento de PLR aos funcionários. Por outro lado, três companhias que registraram prejuízo pagaram o PLR aos trabalhadores naquele ano, como foi o caso da Caiuá (SP), Celpa (PA) e CEEE-D (RS). Porém, em outros casos, como da Copel e da Tractebel, o pagamento do benefício está condicionado à obtenção de lucro. No caso específico da Copel, além da obtenção do resultado positivo, deve ocorrer também a distribuição de dividendos aos acionistas.

O estudo da Dieese mostrou também que o valor médio da PLR pago chegou a R$ 11.609 por funcionário, com as empresas distribuindo, em média, 6,7% do lucro líquido. Os maiores valores médios foram distribuídos por Cemig, AES Tietê, Tractebel e Eletrobras.

A Dieese conclui que, no setor elétrico, o pagamento do PLR é considerado bastante significativo e faz com que as empresas se sintam incentivadas a aderir a este programa de pagamento por ele isentar a empresa de obrigações trabalhistas e previdenciárias. Isso porque o custo para as empresas do pagamento através da PLR é considerado proporcionalmente menor do que o pagamento de outro tipo de remuneração fixa.

(Matheus Gagliano, da Agência CanalEnergia, 1.°.03.12)