Anunciado com estardalhaço e respaldado por um grande mapeamento feito pela Secretaria de Segurança, o projeto “Energia com Segurança” anda a passos lentos. Após a identificação de 218 pontos com deficiência de iluminação espalhados por todo o Distrito Federal e que se tornaram um prato cheio para a prática dos mais diversos crimes, apenas 10% dos locais ficaram livres da escuridão.

 

O programa, que surgiu em dezembro passado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Segurança e a Companhia Energética de Brasília (CEB), mal saiu do papel e se tornou um assunto delicado entre os órgãos, principalmente depois das campanhas publicitárias para lançar o projeto. Pontos críticos que sofrem com o uso e o tráfico de drogas – como a Área Central de Brasília – permanecem na penumbra.

 

De forma quase cirúrgica, os pontos mais escuros de algumas cidades são caracterizados como “pontos quentes” e registram boa parte dos crimes como roubos, furtos e latrocínios. O levantamento do Núcleo de Acompanhamento Operacional (Nuaop), vinculado à Secretaria de Segurança, apontou até 29 pontos em uma única cidade. O levantamento foi feito entre setembro e dezembro do ano passado e o governador Agnelo Queiroz determinou o início imediato do projeto.

 

Ontem, em reunião ocorrida entre a cúpula da Secretaria de Segurança e representantes dos veículos de comunicação do DF, o problema com o andamento do projeto foi ressaltado pelo secretário de segurança adjunto, coronel Jooziel Freire. Ele afirmou que a nova política pública de segurança que cria as Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp) precisa da colaboração de outros órgãos que não são vinculados à pasta.

 

(Jornal de Brasília, 18.04.12)