Os metroviários desistiram de entrar em greve. A assembleia geral da categoria, que deveria ter acontecido na noite de ontem, na Estação Praça do Relógio, em Taguatinga, foi cancelada depois de uma reunião na última quinta-feira com representantes da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô -DF).

 

Segundo nota disponível no site do Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), a nova presidente do Metrô, Ivelise Longhi, empossada na última terça-feira, decidiu cumprir o acordo firmado com os servidores. Uma das conquistas dos trabalhadores que contribuiu para a continuidade das atividades foi a manutenção da jornada de seis horas diárias de trabalho. Além disso, será criado um grupo de estudos para avaliar se esta escala é viável.

 

O acordo tem validade até o dia 1º de abril de 2013, o que significa que antes disso não há possibilidade de uma nova greve, desde que ambos os lados honrem os compromissos acordados.

 

Esta é a segunda vez que os metroviários do DF desistem de entrar em greve. No início deste mês, eles suspenderam o indicativo de greve com início marcado para o dia 7. Contudo, a categoria votou por aceitar a proposta apresentada pelo governo do DF, entre as condições estava a redução da jornada de trabalho dos pilotos de oito para seis horas diárias, decisão que foi mantida nesta última reunião. Caso entrassem em greve naquele momento, o governo afirmou que os metroviários perderiam essa conquista.

 

Reivindicações

Entre as reivindicações da categoria estava um reajuste salarial  de 25%, a realização de concurso para preenchimento de vagas e a abertura de negociação com o GDF.

 

A última greve dos funcionários do Metrô aconteceu entre os dias 11 de dezembro de 2011 e seguiu até 17 de janeiro deste ano, num total de 37 dias de paralisação. Desde então, segundo a Companhia do Metropolitano, várias reuniões entre a empresa e os trabalhadores vinham sendo realizadas.

 

Um dos empecilhos para a conclusão das negociações por aumento de salários, por exemplo, foi a determinação do decreto do governo que proíbe a concessão de reajustes a trabalhadores do serviço público em 2012.

 

(Clica Brasília, 21.05.2012)