No entanto, as mudanças ainda precisam de esclarecimentos. A ampliação do programa foi aprovada pela Câmara Legislativa anteontem, mas a Secretaria de Fazenda ainda não se posicionou oficialmente.
Sem casa própria ou carro, Josefina da Silva, 50 anos, coletava créditos para ajudar o filho no pagamento dos impostos. “Foi ele quem me explicou sobre o programa”, conta. Em 2013, a cabeleireira espera converter os créditos em dinheiro para complementar as próprias contas.
“Meu filho vai entender. Quando ele precisou, eu ajudei”, comenta. Segundo a cabeleireira, os governantes deveriam ter ampliado o programa há mais tempo. “Demoraram um pouco para pensar nisso”, diz.
O assistente administrativo Edson Evandro Moreira, 62 anos, também aprova a mudança. No ano passado, ele acumulou R$ 296 em créditos, que foram para o IPVA. Segundo Evandro, a medida deverá atrair novos contribuintes para o programa. “Mas vou usar mesmo para o pagamento dos impostos. Não quero arriscar pegar o dinheiro e gastar com outra coisa”, declarou.
A medida pode ser mais um incentivo para manter os contribuintes no DF, como é o caso do técnico em telecomunicações Valdean Santana Pacheco, 41 anos. Mesmo com os créditos do programa, ele estuda trocar o emplacamento do carro do DF para Goiás, em busca de impostos mais baratos. Incentivos como o Nota Legal seriamrecursos para a capital não perder na arrecadação.
(Francisco Dutra, Clica Brasília, 28.06.2012)