Os trabalhadores e trabalhadoras de Furnas Brasília Sul fizeram grande mobilização em frente à empresa nesta quarta-feira (28) e rejeitaram a proposta apresentada pela Eletrobras para o pagamento da PLR. Além disso, aprovaram a manutenção da greve por 72 horas.

A categoria avaliou que a proposta apresentada pela Eletrobras foi muito abaixo do esperado, uma vez que trata de valores diferenciados por empresa e também discrimina os PDVistas ao trazer critérios de diferenciação com os trabalhadores ativos.

A Eletrobras propôs alterações no termo de pactuação para colocar metas empresarias e individuais. O objetivo é dificultar o pagamento da PLR nos próximos anos.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e o STIU-DF concordam em discutir o termo de pactuação, mas não como está sendo imposto. “Defendemos uma proposta justa, pois os trabalhadores não têm culpa se a empresa teve prejuízo. E é preciso destacar que esse prejuízo se deu em função da redução das tarifas oriundas da MP 579 e não pelo nosso desempenho”, defendeu a direção do Sindicato.

O STIU-DF e o CNE defendem a PLR nos moldes do ano passado, quando a categoria eletricitária recebeu 1,82 de Participação nos Lucros e Resultados. Também buscam uma solução para a questão dos PDVistas, que de acordo com atual proposta receberiam proporcionalmente apenas 40% do montante, uma vez que os outros 60% serão pagos na rubrica de abono, o que eles não têm direito.

O Sindicato e o CNE buscam também uma forma de compensação financeira para suprir a tributação sobre o abono, uma vez que diferentemente da PLR o abono não tem isenção de impostos.