Em 2012 a Federação Nacional dos Urbanitários e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) realizaram uma campanha nacional em defesa da renovação das concessões no setor elétrico. Pois, uma nova licitação daqueles ativos, como defendia a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) à época, seria o mesmo que promover uma nova rodada de privatizações no setor, trazendo consigo todas as consequências que este processo acarreta: desemprego, precarização do trabalho, má qualidade dos serviços e tarifas elevadas.

A pressão exercida pela FNU e diversas entidades durante a campanha, com grande apoio dos trabalhadores eletricitários, foi responsável pela renovação de grande parte das concessões, mantendo-as estatais por mais 30 anos. Os eletricitários venceram e a Fiesp perdeu.1

Agora, diante do esforço fiscal empreendido pelo Governo Federal, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) retoma a ofensiva pela privatização do setor elétrico. Em matéria publicada no jornal Valor do dia 30/07/2015, a FIRJAN afirma categoricamente que é preciso privatizar as empresas do Sistema Eletrobras para ajudar a reduzir a dívida do país.

A Federação Nacional dos Urbanitários repudia afirmação do órgão patronal, e continua atenta a movimentação dos privatistas, pronta para fazer o embate e alertar a sociedade para os riscos que representam para o país a entrega da Eletrobras para o capital privado.

A luta da FNU é pelo fortalecimento das empresas do Sistema Eletrobras, para que continuem contribuindo para o crescimento econômico e social do país, oferecendo uma energia de qualidade para todos os brasileiros.

DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA DA ELETROBRAS NÃO PODEM SER PRIVATIZADAS

Visando discutir com o Governo e apresentar alternativas para que as empresas de Distribuição de Energia continuem públicas, prestando serviços de excelência, a FNU e o CNE já enviaram ofícios solicitando a realização de audiências para as seguintes autoridades: o Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o Secretario Geral da Presidência, Miguel Rosseto, o Assessor Especial da secretaria Presidência, José Feijó, o Presidente do PT, Rui Falcão, e o Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

A Presidenta Dilma lançou recentemente o Portal Dialoga Brasil, uma forma de ampliar o debate com a sociedade. Para a FNU e o CNE, essa é uma medida importante e deveria ser seguida por uma parcela importante do seu governo, fazendo com que os ministros dialogassem mais com os representantes dos trabalhadores. A mesma atitude poderia ser tomada pelo Presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, pois não custa nada abrir um espaço na sua agenda para receber os dirigentes da FNU e do CNE. 2

Os 23 mil trabalhadores do Sistema Eletrobras estão atentos aos acontecimentos e querem uma agenda positiva do Governo Dilma. O primeiro passo é enterrar de vez o retorno do processo de privatização das empresas distribuidoras de energia do Sistema Eletrobras.


A LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO É DEVER DE TODOS E DE TODAS. PARTICIPE!

*Notas do STIU-DF: 1- Evidentemente, a Lei da Renovação das Concessões apresenta lacunas desastrosas para o setor elétrico, objeto da luta dos eletricitários por mudanças no modelo do setor elétrico por meio de emenda constitucional; 2- O movimento sindical deve buscar apoio de todas as forças políticas, mantendo total independência na luta em defesa das empresas públicas.


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