Após participar de audiência no Senado nesta terça-feira (6) em defesa da empresa de distribuição de energia em Goiás, Celg, para que continue sendo pública e não privada, a Plataforma Camponesa e Operária para Energia se reuniu no STIU-DF para definir estratégias de atuação.

Na avaliação do secretário de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Fernando Pereira, os eletricitários e os petroleiros precisam atuar conjuntamente, porque não são apenas as distribuidoras de energia que correm o risco de ser privatizadas, a Petrobras também. “Não podemos ficar apenas nas pautas corporativas, precisamos nos preocupar e nos mobilizar para uma causa maior”, defendeu.

Para o diretor de Finanças da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP), José Genivaldo da Silva, os petroleiros também sentem falta de discussões e atuações conjuntas. “Mas essa Plataforma tem um papel importante na unidade dessas categorias”, disse.

Já o membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andrioli, destacou que a energia abrange muito mais do que essas duas categorias. Ele explica que, no caso dos Royalties do petróleo, que são destinados à saúde e educação, os trabalhadores e trabalhadoras dessas áreas também precisam se apoderar dessas informações e consequentemente estarem mais presentes na luta contra a privatização da Petrobras. Do contrário, os recursos não chegarão caso a empresa seja vendida.

“O que está em jogo é isto, a venda do patrimônio público em detrimento dos interesses privados. Ou a classe trabalhadora se prepara para o enfrentamento e a defesa das suas empresas e dos seus interesses, ou a burguesia e o capital estrangeiro vão ganhar essa batalha”, alerta Andrioli.