Contra a retirada de direitos, demissões e aumento de tarifas do GDF os trabalhadores e trabalhadoras da CEB realizaram paralisação na manhã desta quinta-feira (29).  Dando continuidade ao Dia de Luta dos Trabalhadores do DF outras ações ocorrerão na cidade e, para finalizar o dia, será realizado um grande ato na Rodoviária do Plano Piloto. A concentração será às 16h, na Praça Zumbi dos Palmares.

Para o diretor do STIU-DF, Alairton Faria, o GDF vem tratando a classe trabalhadora com grande descaso, levando mais de 30 categorias para a greve. “A alternativa que temos neste momento é o movimento grevista, a expectativa de uma proposta sem a aplicação se quer do INPC é inaceitável. Devemos nos unir as outras categorias para frear essa lógica de retirada de direitos. Além disso, repudiamos a ação truculenta da Polícia Militar, a mando do governador, que agrediu e prendeu professores e rodoviários que se manifestavam de forma pacífica”, disse Alaiton.

Em cinco rodadas de negociação para discussão do ACT da categoria a direção da CEB apenas falou em cortar benefícios e negar direitos aos trabalhadores da empresa.


Veja os seis pontos que defendemos no Dia de Luta dos Trabalhadores do DF:

1.         Defesa dos servidores públicos do DF – O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, se nega a pagar parcelas de reajuste salarial dos servidores, garantido em lei, além de outros benefícios, dando um calote histórico no funcionalismo. Além de não pagar o que deve e congelar salários, o governador não dialoga com os representantes das categorias, impondo suas decisões de forma arbitrária.

2.         Defesa dos trabalhadores terceirizados e dos trabalhadores da Cultura – Faz parte da política de Rollemberg gerar o atraso do pagamento de salários e benefícios dos trabalhadores terceirizados. Para piorar a situação, o governo anunciou que quer a demissão de 25% do total de trabalhadores terceirizados que prestam serviços em órgãos públicos do GDF, como escolas, hospitais, secretarias, limpeza urbana, totalizando milhares de demissões. Já os trabalhadores da Cultura, em especial que prestam serviços para as agremiações carnavalescas do Distrito Federal, estão sem receber desde 2014. São mais de mil trabalhadores nesta situação devido aos calotes no repasse dos recursos do carnaval do DF. Isso sem falar das milhares de pessoas que perderam emprego e renda com o fim do patrocínio do tradicional evento cultural em nossa cidade.

3.         Defesa das estatais – O GDF vem descumprindo Acordos Coletivos estabelecidos em empresas como a CEB, a Caesb e o BRB e pretende arrochar salários nas estatais. Além disso, os trabalhadores também correm o risco de perderem direitos históricos, como gratificações. Ainda faz parte da política Rollemberg a tentativa de sucateamento e entrega das estatais ao capital privado.

4.         Defesa da Reforma Agrária e da Moradia Popular – Mais de cinco mil famílias do Distrito Federal continuam morando à beira de estradas devido à falta de compromisso do GDF. O grupo já se reuniu algumas vezes com o governo – após pressionarem para serem recebidos –, mas lidam apenas com enrolação sem nada de concreto. Além disso, os trabalhadores rurais sem terra e os trabalhadores sem teto, da área urbana, sofrem com a truculência comandada pelo governo local durante suas atividades e nas operações de desocupação.

5.         Por melhorias na Segurança Pública para a sociedade e os trabalhadores – Desde o início da gestão de Rollemeberg, a Segurança Pública vem sendo utilizada como ferramenta para criminalizar movimentos social e sindical e judicializar suas ações. A polícia militar, ao invés de proteger a sociedade, como impedir, por exemplo, os frequentes assaltos à mão armada aos usuários e trabalhadores de ônibus nas cidades satélites, vem sendo usada pelo governo para coibir manifestantes e as justas reivindicações sociais. Enquanto isso, os trabalhadores vivem desprotegidos. Se isto não fosse o bastante, o governo Rollemberg ao invés de negociar as pautas com as entidades sindicais, sempre busca o Poder Judiciário tentando acabar com os movimentos e, quando perde suas próprias ações, não cumpre com as decisões dos magistrados.

6.         Contra o tarifaço de Rollemberg – Com o pretexto de aumentar a arrecadação do DF, o governo local aumentou as tarifas de vários serviços públicos, o que afeta principalmente a população de baixa renda. Com as medidas de Rollemberg, a sociedade vai pagar mais caro para andar de ônibus, para almoçar nos Restaurantes Comunitários e para acessar espaços como Água Mineral e Zoológico. Além disso, o governo chantageia a sociedade, condicionando investimentos públicos no futuro à aprovação de 11 projetos que preveem aumentos de impostos.