Essas informações foram conseguidas no Ministério de Minas e Energia por fontes confiáveis e repassadas ao plenário da reunião do Coletivo Nacional dos Eletricitários, na manhã da quarta-feira, dia 16 de dezembro, no Rio de Janeiro.

A ideia é vender inicialmente 49% das ações e no ano seguinte mais 2% para passarmos para o comprador o controle acionário e a gestão da empresa.

Há muito tempo estamos acompanhando os trabalhos que estão sendo feitos em Furnas, com “cheiro” privatizante, pois sob a desculpa que o foco é a venda de energia, a empresa está sendo repartida para a sua venda; a separação dos serviços auxiliares, manutenção, vigilância, zeladoria, gráfica (foi vendida), saúde; estudos para terceirização da TI e de outras atividades da empresa, além da proliferação no uso das SPE’s – Sociedade de Propósitos Específicos (atualmente são 82), para realização de serviços/obras de viabilizadoras econômicas financeiras no mínimo “duvidosas” algumas delas. Já há informações que será criada uma SPE que atuará como “holding” de todas as SPE’s da empresa, um requinte!

Sabemos que o Setor Privado sempre quis comprar a nossa empresa que é um dos símbolos do Brasil, da nossa soberania nacional, mas não durante um governo popular e democrático que ajudamos a eleger.

Por outro lado, na reunião com o CNE, com a direção da Eletrobras, representada pelos diretores de Administração Sr. Alexandre Aniz e Financeiro Sr. Armando Casado, questionamos os mesmos, quanto a veracidade dessa informação sobre a venda de Furnas e os mesmos foram firmes em dizer que desconhecem qualquer ação no âmbito do Ministério de Minas e Energia e da própria Eletrobrás neste sentido.

O diretor financeiro enfatizou que é muito difícil Furnas “vender” suas ações no mercado, sem a participação da holding Eletrobras, que é em tese, a “proprietária” de Furnas, pois detém 99,9% de controle acionário da empresa.

Considerando que neste país e neste momento que estamos passando nada é impossível, em virtude da tempestade política que nos assola; Considerando os “ditos” populares e seculares de que “onde há fumaça, há fogo” ou ainda “o povo aumenta, mas não inventa” nós temos que ficar atentos e vigilantes, tarefas essas que não cabem só aos dirigentes sindicais, mas a todos os “Furnianos” e brasileiros que querem um país justo e social para todos os brasileiros.

Desde já, avisamos, não será fácil! Quem se aventurar a tentar privatizar Furnas, enfrentará nossa e da sociedade brasileira, feroz e incansável resistência.

 

PRIVATIZAÇÃO DE FURNAS, NÃO!


VISUALIZAR ARQUIVO EM PDF