Foi realizada nesta quinta-feira (25), a abertura do IX Congresso dos Urbanitários no DF – CONURB. Trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico, representantes dos movimentos sociais e convidados discutiram a conjuntura político-econômica local, nacional e internacional, bem como, a situação do setor elétrico brasileiro. Além disso, debateram o “negociado sobre o legislado” que representa a tentativa neoliberal de flexibilizar as normas da CLT.

Na mesa de debate sobre “Análise de Conjuntura”, o Coordenador Nacional do MST, Igor dos Santos, enfatizou que um dos problemas que levou o país à atual crise é a submissão completa do sistema político ao poder econômico. Ele aponta ainda a falta de um projeto político e social a médio e longo prazo para o Brasil. “Diante desse cenário, precisamos retomar o trabalho de base com a juventude, com a classe trabalhadora e reorganizar as forças políticas para sairmos da crise. Temos que lutar por um projeto popular para os trabalhadores”, disse.

De acordo com Yuri Bezerra, representante da Plataforma Operária e Camponesa para Energia, desde o ano de 2008 a crise do capital tem causado um efeito nefasto contra os trabalhadores e o processo de golpe constituído no Brasil é resultado da reorganização da burguesia internacional que tem como objetivo a manutenção das taxas de lucro em detrimento da diminuição do valor da força de trabalho, ou seja, a retirada e flexibilização dos direitos trabalhistas.

Os palestrantes avaliam que para reverter essa conjuntura de austeridade é fundamental discutir um projeto popular para o país onde a classe trabalhadora se reconheça.

Neste primeiro dia de Congresso estiveram presentes representantes do Sindicato dos Professores no DF (Sinpro/DF), da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Levante Popular da Juventude, da Plataforma Operária e Camponesa de Energia, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), dentre outros.