Hoje não é dia de ser de direita, de centro ou de esquerda. A disputa não se trata de ser a ou b, que votou em fulano ou beltrano, mas sim da correlação de forças do capital. Hoje é dia de sermos cidadãos e cidadãs que lutam contra os ataques aos diretos da classe trabalhadora. O que está em jogo é o interesse dos empresários e dos banqueiros contra a vontade dos trabalhadores e trabalhadoras.

A reforma trabalhista, aprovada apressadamente pelos deputados nesta quarta-feira (26), precariza as relações de trabalho a tal ponto que, dificilmente alcançaremos os pré-requisitos para a aposentadoria integral, conforme as regras propostas na reforma trabalhista.

Essas reformas só vão aprofundar as desigualdades sociais existentes. Não é tirando muito de quem tem pouco e pouco de quem tem muito que se resolverá a crise econômica e política.

Perdoar dívidas bilionárias de bancos e empresas demonstra essa desigualdade e o jogo de interesses que está colocado no tabuleiro. Bancos e empresários financiaram campanhas de parlamentares e agora cobram a fatura. Só que essa conta é muito cara para a classe trabalhadora. Ultrapassou o limite da razoabilidade. Não é à toa que a OAB e a Igreja Católica e Evangélica estão aderindo ao movimento contra essas reformas, engrossando as denúncias feitas pelos movimentos sindicais e sociais. Está em pauta uma agenda de retrocessos que acendeu o sinal vermelho.

Para virar o jogo, a classe trabalhadora precisa se unir, mobilizar e resistir. Devemos mostrar que não aceitaremos que o interesse de poucos se sobreponha à vontade da maioria.

 

CONTRA A REFORMA TRABALHISTA, CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO. calculadoraDieese.gifNENHUM DIREITO A MENOS!!!

 

 

28 de abril é também o dia mundial em que se lembram as vítimas dos acidentes de trabalho

Fruto de uma produtividade construída em prejuízo da segurança, o acidente no distrito carbonífero de Marcinelle, no qual morreram 262 operários, é uma das muitas tragédias sofridas pela classe trabalhadora ao longo da sua história. E hoje, este acidente renova uma pergunta incômoda: quantas vidas precisam ser sacrificadas para que se possa romper o silêncio que encobre as dramáticas situações de trabalho que marcam a nossa época? Vivemos tempos em que modernizar as relações entre patrões e empregados é sinônimo de precarizá-las, de cortar direitos trabalhistas, de diminuir ainda mais as poucas restrições às formas que colocam o trabalho a serviço do lucro. Em nome de um progresso e de um crescimento cujo preço será pago pelas mesmas maiorias que o produziram, o elevado número de acidentes e vítimas do trabalho é um dos sinais de que o movimento operário-sindical está perdendo a batalha contra a exploração. Por isso, neste 28 de abril, ao lutar contra as reformas que ameaçam tirar parte do pouco que resta à classe trabalhadora, é necessário renovar o compromisso coletivo de construir um mundo onde a vida dos trabalhadores e trabalhadoras não pode valer menos do que as mercadorias que produzem. Assista: Dublê de Eletricista, um documentário que retrata bem essa realidade que precisa ser combatida.