Enquanto as trabalhadoras e trabalhadores da CEB lutavam no dia 28 passado contra as reformas trabalhista e previdenciária de Temer, no mesmo dia a Assembleia de Acionistas aproveitou que os corredores da empresa estavam vazios, devido à greve geral, para aprovar aumento de salário para os diretores da empresa. E que aumento! O reajuste aprovado será superior a 22%. Um despropósito inoportuno, inadequado e incoerente.

Para o presidente da empresa, o reajuste será ainda maior e se aproxima de 34%. Embora tenha sido observado o teto salarial do funcionalismo público local, que está sendo discutido na Câmara Legislativa, o STIU-DF entende que os reajustes, que ainda alcançam os membros dos conselhos de Administração e Fiscal da CEB, são inconcebíveis no atual momento.

Há bem pouco tempo, o presidente da CEB expôs aos dirigentes sindicais que a empresa ainda está em processo de recuperação financeira e que a situação ainda está muito longe de ser favorável. Dívidas, dívidas, dívidas. Esse é o discurso da diretoria toda vez que a entidade sindical pleiteia reposições de perdas salariais para a categoria. Vale destacar que a categoria está sem reajuste integral dos salários e benefícios há dois anos.

Os reajustes de aproximadamente 22% e 34% são inoportunos porque acontecem justamente num momento de grande crise econômica e de recuperação financeira da empresa. Além de inadequados estão muito acima da inflação anual, que caminha na casa de 4%. Também são incoerentes porque conflitam com o próprio discurso de austeridade fiscal da CEB e do GDF, que estão sempre dispostos a reduzir direitos das trabalhadoras e trabalhadores.

 

Os trabalhadores e trabalhadoras da CEB se lembrarão disso na Data-Base!



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