A palavra de ordem “quando o campo e a cidade se unir a burguesia não vai resistir”, expressa bem a proposta da Plenária Urbanitária de Mobilização Sindical e Popular, convocada pela Federação Nacional dos Urbanitários, que teve início na quinta-feira, 8, em Brasília, e conta com a participação de 33 entidades, dentre elas, o STIU-DF.

Na manhã desta sexta-feira, 9, convidados, especialistas e trabalhadores do campo e da cidade voltaram a se reunir na Plenária para discutir a conjuntura política nacional e internacional.

Participaram da mesa a dirigente sindical do STIU- DF, Fabiola Antezana, o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, a assessora da Internacional de Serviços Públicos (ISP), Denise Motta Dau e o secretário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle.

João Pedro Stédile, representante do MST, destacou que vivemos um período de acúmulo de crises e são elas: econômica, social, ambiental e política. “Na política, a sociedade não reconhece a legitimidade de representação dos políticos, é uma crise de democracia. E é ainda mais grave por não acontecer só no Brasil. É uma crise internacional do modo de produção capitalista”.

O secretário da CUT, Valeir Ertle, afirmou que houve grande investimento das institucições patronais no golpe contra a classe trabalhadora e, ainda em curso, tem como objetivo o desmonte das conquistas sociais e trabalhistas. Além do desmonte da Justiça do Trabalho e o enfraquecimento das entidades sindicais com o fim do imposto sindical. Ertle, disse também que diante do quadro de retrocessos “não há espaço para amadorismo”.

A assessora do ISP, Denise Motta Dau, disse que o momento exige solidariedade classista e unidade das pautas de luta. Ela ressaltou que a sociedade precisa entender que a privatização das águas, da energia, a reforma da previdência e outras pautas relaciona-se diretamente com toda a população.

Além disso, a assessora pontuou que “quando tiver uma mulher, um negro, uma companheira lésbica ou um gay sendo discriminado, tendo dificuldade de ascensão profissional, isso precariza e é um problema da classe trabalhadora. Isso diz respeito a todos”, salientou. “Nenhum direito a menos é o que a classe trabalhadora quer”, concluiu.

Amanhã, 10, os delegados e delegadas vão definir um plano de lutas sindical e popular.