O presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB) Carlos Leal afirmou, durante coletiva à imprensa nesta quinta-feira (4/11), que o Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (Stiu-DF) impede a entrada de funcionários para trabalhar. Entretanto, o Stiu-DF negou a informação.

Carlos disse que apenas 44 pessoas têm a passagem liberada. “Eles (sindicato) trancaram a entrada principal com cadeado e bloquearam a passagem. Além disso, colocaram um carro de som na frente da sede”, contou o presidente.

O presidente falou ainda que há receio de que os atendimentos não sejam realizados. O registro é de seis horas de atraso para concluir os serviços.

O diretor do Stiu-DF, Jeová Pereira, contestou a afirmação da CEB. “Nada disso procede. O sistema operacional está funcionando 100%, estamos atendendo mais de 70% dos serviços. Podemos colocar 1000 funcionários para trabalhar e o sistema não funcionar”, explicou Jeová.

Greve
Os funcionários da CEB entraram em greve na quarta-feira (3/11) por tempo indeterminado. Enquanto durar a paralisação, o atendimento será feito apenas em casos de emergência. A distribuição de energia, no entanto, não deve ser afetada, segundo a empresa.

As reinvidicações dos grevistas são o ganho real de 24% — equivalente a cinco vezes o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período, realinhamento do plano de cargos e salários, reajuste do tíquete-alimentação e abono salarial de R$ 5 mil. Antes da paralisação, a CEB ofereceu à categoria um ganho real referente ao INPC do período mais 1%.

(Mariana Sacramento, Correio Braziliense)